Olá Meninas...
Quem conhece literatura de cordel?
Eu conheci quando estava fazendo o 2º Grau e me interessei
muito,achei as figuras bem divertidas e super diferentes.
Quero mostrar pra vocês algumas imagens de J Borges
e claro falar do artista.
Olha que fofo..eu quero!!!
José Francisco Borges (
Bezerros,
20 de dezembro de
1935),
mais conhecido como
J. Borges, é um
xilogravurista e
cordelista brasileiro.
Aos oito anos, o menino José Francisco já
trabalhava na terra com o pai. Aos dez, já fabricava e vendia na feira colheres de pau. Foi
oleiro, confeccionou
brinquedos artesanais e vendeu livros de
cordel.
Aos 29 anos, José resolveu que iria escrever
cordel. Foi quando fez
O Encontro de Dois Vaqueiros no Sertão de Petrolina, com xilogravada por
Mestre Dila, que vendeu mais de cinco mil exemplares em dois meses.
Como não tinha dinheiro para pagar um
ilustrador, J. Borges resolveu fazer ele mesmo: começou a
entalhar na madeira a
fachada da igreja de Bezerros, que usou em
O Verdadeiro Aviso de Frei Damião. Desde então, começou a fazer matrizes por encomenda e também para ilustrar os mais de 200 cordéis que lançou ao longo da vida.
Descoberto por
colecionadores e
marchands, viu seu trabalho ser levado aos meios acadêmicos do país. Na
década de 1970, J. Borges desenhou a capa de
As Palavras Andantes, de
Eduardo Galeano. e gravuras suas foram usadas na abertura da
telenovela Roque Santeiro, da
Rede Globo. Nessa época, começou a gravar matrizes dissociadas dos cordéis, de maior tamanho. Isso permitiu expor no exterior: em
1992, na
Galeria Stähli, em
Zurique, e no
Museu de Arte Popular de Santa Fé,
Novo México. Depois, novas exposições, na
Europa e nos
Estados Unidos.
J. Borges foi condecorado com a comenda da
Ordem do Mérito pelo então presidente
Fernando Henrique Cardoso, recebeu o prêmio
UNESCO na categoria Ação Educativa/Cultural. Em 2002, foi um dos treze artistas escolhidos para ilustrar o calendário anual das
Nações Unidas. Em 2006, foi tema de reportagem no
The New York Times. O escritor
Ariano Suassuna o considera o melhor gravador popular do Nordeste.
Suas xilogravuras são impressas em grande quantidade, em diversos tamanhos, e vendidas a
intelectuais,
artistas e
colecionadores de
arte. Dono de uma técnica própria de colorir as imagens, atende pedidos para representar
cotidiano do pobre, o
cangaço, o
amor, os
castigos do céu, os mistérios, os
milagres,
crimes e
corrupção, os
folguedos populares, a
religiosidade, a
picardia, sempre ligados ao povo
nordestino.
Em sua cidade natal, foi inaugurado o Memorial J. Borges, com exposição de parte de sua obra e objetos pessoais.
Espero que tenham gostado, cordel não é nenhuma novidade mas
tem muita gente que ainda não conhece. Nunca fui no Nordeste,
mas quando for pretendo trazer muitos livros de cordel e algumas
xilogravuras pra fazer uns quadrinhos.
Abraço carinhoso...
Cristiane.